The Poison Tree
No jardim silencioso da minha mente,
Plantei uma semente, pequena e dormente.
Regada a rancor, cultivada a mágoa,
Cresceu uma árvore, sombria e ávida.
Seus galhos retorcidos, folhas de despeito,
Frutos reluzentes, mas de gosto imperfeito.
Ela cresceu forte, no solo da ira,
Uma Poison Tree, que o tempo conspira.
Não falei do ódio, guardei pra mim,
E a raiz cavou fundo, num jardim sem fim.
O veneno escorria, da casca ao chão,
Envenenando o ar, o coração.
Ela floresceu na noite sem luar,
Enquanto eu sorria, por fora a fingir.
Mas dentro, a sombra só fazia crescer,
Até que o fruto caiu, e não pude comer.
Agora a árvore está lá, firme e cruel,
Um monumento vivo de um rancor fiel.
E aprendi, tarde demais, a lição:
O ódio que se cala vira destruição.
Cuidado com as sementes que você plantar,
Pois o que você alimenta, vai brotar.
A Poison Tree cresce onde o amor não vai,
E seus frutos são amargos, não os colha jamais.