Em um mundo onde o amor era frequentemente condicional, ela cresceu acostumada a ser deixada de lado, suas feridas emocionais escondidas sob uma máscara de indiferença. Até que ele apareceu, envolto em sombras e mistérios, oferecendo um amor que não pedia nada em troca, mas que carregava consigo uma escuridão que ela não podia ignorar. Ele a amava de uma maneira que ninguém mais ousava, com uma intensidade que beirava o perigoso, e ela se viu atraída por essa conexão proibida, mesmo sabendo que poderia consumi-la por completo. Era um amor que não prometia salvação, mas que a fazia sentir viva, mesmo que à beira do abismo.
Onde tudo era um completo silêncio avassalador e o único ruído eram seus suspiros carregados de uma mistura de medo, conforto, paixão e adrenalina, onde ela se sentia segura, um lugar que só eles conheciam, era único. Surreal como duas extremidades de uma corda tão fina que talvez ninguém pudesse ver, mas ela via.
Ser amada da maneira correta, de forma que seus defeitos e qualidades pudessem ser vistos talvez era o que ela precisava por mais que corresse o risco da profundidade daquele misterioso amor. E ele tinha isso a oferecer, e ela estava disposta na mesma intensidade por mais que o desconhecido daquele lugar que causava tanta turbulência por ser um misto de emoções a assustasse de alguma forma, também a fascinava e ele buscava a mesma coisa, sabia que tudo aquilo era real, que era melhor do que a superficialidade das relações interpessoais cotidianas, que o que fez ele sentir isso no momento em que a encontrou era mais intenso do que sua escuridão profunda, a conexão nada vazia.