A Beleza Venenosa

Eu sou intenso, agitado, como um navio à deriva no meio de uma tempestade. Falo sem pensar, e depois… bem, depois vem o arrependimento. Sempre vem. E as consequências? Ah, elas aparecem, é claro. Mas quem é que realmente me entende? Nem você… não, especialmente você. Você disse que me entenderia, prometeu que estaria ali, mas tudo não passava de um jogo, não foi? Você me manipulou tão bem, tão perfeitamente, que eu mesmo me perdi no labirinto das suas mentiras. E sabe de uma coisa? Isso até tem um quê de engraçado.

Eu pensei que poderia tentar algo com você, me entreguei de corpo e alma. Acreditei que você era diferente, que poderia ser a pessoa que finalmente me veria como eu sou. Mas não… você só queria brincar, só queria controlar. E eu caí. Cai como um idiota. Agora, aqui estou eu, tentando entender onde tudo começou a desmoronar. Mas você… você já seguiu em frente, não é? Claro que seguiu. Porque no final, você nunca esteve aqui por mim. Estava aqui por você. E eu? Bem, eu sou só mais um capítulo na sua história, não é? Mais um navio perdido no seu mar de mentiras.
( Você é como uma Aconitum napellus, uma flor bela, porém venenosa. Ela machuca tudo o que toca. Pensei que você fosse uma violeta.)

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Ser um oceano pra quem só passa de um pequeno lago é difícil, ser levado a sério no meio desse mundo maluco de pessoas rasas é um desafio mesmo

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