Certo dia, me pego pensando: o céu, por que você me castiga assim? Irônico, não? Eu, um cara ateu, que não acredita em nada, olhando para o céu nublado e escuro. Ao olhar para ele, sinto como se algo maior estivesse me vigiando, rindo da minha cara. Vejo o desgosto estampado na sua face, e, então, ele ri novamente e diz: ‘Você escolheu ser assim, vazio e sem graça’. Mas eu… por que eu faria uma escolha dessas? Quem faria algo assim? Então ele responde: ‘Olhe para as desgraças que você criou, os laços que disse que nunca se romperiam, agora se desfazendo’. Eu rio, porque, na verdade, eu realmente disse isso. Fecho a porta, entro na minha casa e me deito. Lá, mórbido, vazio e sem graça, fico imaginando todas essas desgraças
