É uma reflexão profunda sobre o amor-próprio e a relação entre as emoções humanas e o mundo ao nosso redor. O eu-lírico transmite um sentimento sobre a transitoriedade da vida e o poder que o amor, especialmente o amor-próprio, tem de transcender até mesmo a morte. O amor persiste apesar de você.
Uma das minhas citações favoritas de Doctor Who
Eu tenho algumas coisas para dizer pra você, coisas básicas antes: nunca seja cruel, nunca seja covarde – e nunca coma peras! Lembre-se: O ódio é sempre tolo e o amor é sempre sábio. Sempre tente ser bom, mas nunca falhe em ser gentil.
“O ódio é sempre tolo e o amor é sempre sábio” sintetiza bem o que Mitski, como eu-lírico, entrega na letra.
No início, a canção estabelece uma conexão entre o eu-lírico e a lua, um símbolo universal de constância e mistério. A lua, com seu brilho eterno, serve como uma metáfora para algo que está presente antes, durante e depois da existência do eu-lírico. Esse diálogo com a lua revela o desejo de que o amor do eu-lírico possa continuar a iluminar o mundo, mesmo após sua partida. É como se a pessoa quisesse garantir que seu amor, a única coisa verdadeiramente sua, pudesse ser eterno, transcendendo os limites da mortalidade.
A música, assim, se torna uma espécie de hino à resiliência emocional e à importância do autocuidado. A capacidade de amar a si mesmo é mostrada como a base para todas as outras formas de amor e de conexão com o mundo.
É perceptível que, embora possamos não possuir nada neste mundo, o amor que sentimos – seja por nós mesmos, pelos outros, ou pelo próprio universo – é algo que ninguém pode tirar. Ele é o que nos torna humanos, e é o que pode continuar a brilhar, mesmo nas noites mais frias.
É um processo longo e doloroso, eu sei, mas, para além de tolerar o outro, é entender que este ato deve ser uma via de mão dupla. E, por mais que você gentilmente tente alcançar a lua para se fazer amada pelo outro, nem sempre é o que acontece. Finalmente, podemos entender que o maior e mais transcendente amor de todos é o nosso, pois é a partir do amor próprio que estaremos preparados para genuinamente nos conectar e amar os outros.