A vida, essa amante traiçoeira, gosta de brincar com nossas certezas. Um dia, ela nos oferece banquetes, e no outro, nos deixa famintos à mesa. Não sou um artista, não. Sou apenas um homem que tenta sobreviver ao caos, enquanto procura sentido em cada pequeno instante.
Houve momentos em que me senti vazio, como se tivesse perdido algo que jamais seria encontrado. E talvez seja verdade: algumas perdas são definitivas. Mas sabe o que aprendi? A vida não para. Ela não espera que eu me levante do chão. Cabe a mim decidir: fico ali, imóvel, ou sigo em frente, mesmo que seja cambaleando?
Não busco perfeição, nem glória. O que quero é simples: encontrar uma razão para continuar, mesmo quando o peso é grande demais. Porque, no fundo, é isso que todos nós fazemos, não é? Vivemos um dia de cada vez, com esperança de que amanhã será um pouco mais leve.
Se há uma lição que a vida me deu, foi essa: o sofrimento não é um inimigo. Ele não me derruba; ele me ensina. Ensina a valorizar os momentos simples, os sorrisos inesperados e até mesmo as lágrimas que lavam a alma.
E assim, escolho seguir. Não porque sou forte ou corajoso, mas porque é isso que faço. Porque é isso que a vida exige de mim.