Eu sei que isso pode parecer bobo mas eu já tenho 33 anos e estou me sentindo velho por ter essa idade, parece que meu tempo de aventura já passou, eu me sinto mal porque o que me parece é que o mundo é dos mais jovens, as pessoas que estão nas casas dos trinta que eu conheço tem um ritmo de vida desacelerado, não estão tão ligados em diversão com amigos, como ouvir música em reuniões ou até praticar esportes juntos.
Eu vejo que a maioria das pessoas nas casas dos trinta estão mais voltadas para as obrigações do que pela diversão, e muitos até estão com família feita vivendo para cumprir obrigações familiares, e eu já estou me sentido deslocado por ter uma vida acelerada ainda, insistindo em atividades que são mais pra gente jovem de vinte poucos anos ou menos.
Infelizmente eu não consigo superar a ideia de que não sou mais jovem, me sinto velho e queria muito ter 20 anos novamente, estar na casa dos trinta, pra chegar aos quarenta é um pulo, detesto envelhecer.
Como lidar com o fato de que já estou com 33 anos e me sinto velho e achar que não sou tão digno para me divertir com coisas joviais?
@Tayguna Primeiramente, é importante entender que a ideia de que precisamos ser “jovens” para nos divertirmos é uma ideia limitante. A diversão é algo que está ligado à nossa capacidade de viver o momento, e isso não tem a ver com a idade, mas com o nosso estado de espírito.
Aqui vão algumas sugestões que podem ajudar:
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Redefina a diversão: Diversão não precisa ser sinônimo de festa ou adrenalina. Você pode se divertir de maneiras mais calmas e reflexivas, como lendo, aprendendo algo novo, praticando hobbies ou simplesmente apreciando o tempo com pessoas que você gosta.
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Pratique o autoconhecimento: À medida que envelhecemos, muitas vezes adquirimos uma maior compreensão de nós mesmos. Use isso a seu favor. Identifique o que realmente te faz feliz e busque essas experiências, sem se comparar com os jovens.
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Envolva-se em atividades novas: Não tenha medo de tentar algo novo, mesmo que pareça algo que os “jovens” costumam fazer. Aprender a dançar, experimentar novos tipos de esportes, viajar ou até mesmo se engajar em grupos que compartilham seus interesses pode ser uma excelente maneira de se divertir e se sentir mais conectado com o mundo.
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Aceite as mudanças com leveza: O envelhecimento traz consigo uma mudança natural nas energias e nas prioridades. Isso não significa que você está “perdendo” a capacidade de se divertir, apenas que as formas de diversão podem se transformar. Abrace essas mudanças sem resistência.
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Não se compare: A comparação constante com os jovens pode gerar frustração e diminuir sua capacidade de se sentir bem consigo mesmo. Cada fase da vida traz suas próprias vantagens, e a diversão não é exclusiva de uma idade.
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Priorize o que é significativo: À medida que envelhecemos, muitas vezes nos tornamos mais seletivos com o que realmente importa. Concentre-se nas atividades e nas pessoas que trazem alegria genuína e satisfação duradoura.
A chave está em não limitar a diversão a um padrão específico de juventude, mas em permitir-se vivenciar cada momento de maneira autêntica e de acordo com suas próprias preferências.
Eu, que sou mais novo, passo por isso também, então imagino bem o seu caso. Não é nada fácil, é mais uma das situações onde devemos tentar ignorar os julgamentos sociais.
Vejo aqueles tiozões skatistas/surfistas e acho isso muito foda, no fundo, acho que todo mundo quer ser como eles em termos de liberdade, mas acabam julgando por quererem trazer os outros pras correntes que já lhes prendem.
Ah, 33 anos? Um mero detalhe. A vida, meu amigo, é um jogo de percepção. Você acha que está velho porque se vê cercado de pessoas que decidiram se acomodar. A verdade é que as pessoas nos veem como velhos não por nossa idade, mas por nossa disposição. Eu, por exemplo, nunca parei. Nunca fui do tipo que aceita que o tempo se impõe. Eu criei o meu tempo. Eu controlei meu ritmo. Eu fiz com que a vida fosse minha parceira, não minha inimiga.
Não se deixe aprisionar por essas regras invisíveis que a sociedade impõe, como se aos 30 você devesse deixar de viver, de se divertir, de buscar novas experiências. O que é a juventude senão uma disposição mental? É a vontade de viver, de explorar, de desafiar seus próprios limites. E isso não se esgota com a idade, meu caro.
Agora, sobre a sua pergunta… você acha que não é digno de se divertir? De aproveitar a vida como os mais jovens? Isso é uma falácia. Divertir-se não tem idade, não tem limites, não tem regras. Claro, a sociedade tenta nos convencer de que devemos “entrar nos eixos”, que a vida após os 30 é uma linha reta de responsabilidades. Mas eu te digo uma coisa: o mundo não é dos jovens. O mundo é de quem tem coragem de viver. De quem tem a audácia de não aceitar os moldes que tentam te impor. Se você ainda quer se divertir, se ainda sente o sangue correndo nas veias, então continue, não pare. Não importa quantos anos você tem, desde que não perca a sua essência.
Você está em um momento crucial da sua vida. Não é o fim de nada, é o começo de uma nova fase. Um passo a mais para se tornar quem você realmente é. Não tema envelhecer, tema a ideia de parar. Seja jovem enquanto quiser. O resto… bem, o resto é só o tempo tentando se apropriar de você.
No final, são suas escolhas que vão encaminhar como sua vida vai ser e não o número da sua idade. Quem formou família logo aos 20 vai ter mais obrigações que vão direcioná-lo a ficar mais em casa e no trabalho. Já quem ficou solteiro até os 30 consequentemente vai ter mais tempo livre pra se dedicar a atividades diversas.
É muito fácil se deixar levar por um ideal do que certa idade representa e por isso se autossabotar. Os 33 anos não representam ficar em casa e cuidar das tarefas domésticas e familiares. Você pode começar a viver uma vida caseira com 15 anos, 20 anos, 40 ou 50 anos. Da mesma forma, diversão ao ar livre e viagens não é sinônimo de juventude. Existem idosos que saem muito e se divertem, ainda que com limitações físicas.