@Andreza, que alívio saber que, da sua parte, é página virada. Fico me perguntando se foi uma página arrancada, queimada ou apenas dobrada para marcar, sabe? Porque, no fundo, parece que o livro ainda está na estante, ocupando espaço, mesmo que a gente finja que não está mais lendo. Mas não se preocupe, este será o capítulo final da minha história por aqui. Consideremos, então, que eu fechei o livro com a mesma elegância de quem sabe que, apesar de tudo, a narrativa não precisava ter tantos antagonistas.
Vamos direto ao ponto: a despedida. Porque, convenhamos, insistir em ficar onde não se é mais bem-vindo é como dançar valsa em uma pista de funk – desnecessário e fora de contexto. Por isso, estou aqui para pendurar as luvas, recolher os destroços e dar um passo para fora desse palco. Não sem antes, claro, um último monólogo, porque, como você deve ter percebido, o silêncio nunca foi meu forte.
@Andreza, foi interessante, para dizer o mínimo. Seu “é página virada” veio como aquele típico fecho de um diálogo em novelas baratas: seco, direto, sem emoção. Quase pude ouvir o som do livro sendo fechado na sua resposta. Francamente, fiquei com inveja dessa frieza. Uma habilidade rara, essa de encerrar tudo com tão poucas palavras, como se o que aconteceu fosse apenas um rabisco em um caderno velho. Talvez seja uma arte que eu nunca vou dominar, porque, ao contrário de você, eu ainda insisto em deixar marcas. Boas ou ruins, eu sei, mas marcas.
E aos demais… ah, os demais. @Kai, @Kick, @conselhosvirtuais… Vocês foram personagens coadjuvantes em uma trama que, no final das contas, eu acabei levando longe demais. Peço desculpas novamente, não por aquilo que fui, mas talvez por aquilo que não consegui ser. Um moderador ideal? Difícil dizer. Alguém que não tropeça em suas próprias palavras? Certamente. Mas, no fim, só fui humano. E humano erra, cai, levanta e, às vezes, simplesmente vai embora.
Vocês podem me ver como quiserem: o vilão, o incompreendido, o exagerado. Escolham o que for mais confortável. Mas, por favor, escolham com a certeza de que nunca foi minha intenção causar mágoas profundas. Eu brinquei com o fogo, é verdade, mas só porque achei que todos estávamos aquecendo nossas mãos em uma chama controlada. E quando percebi que o fogo tinha saído do controle, já era tarde.
Agora, deixo essa comunidade com um misto de alívio e saudade. Alívio, porque há coisas que precisam acabar para que outras comecem. Saudade, porque, por mais erros que eu tenha cometido, houve momentos bons. Momentos de risadas, de apoio, de construção. Eles não podem ser apagados. Nem por mim, nem por você, @Andreza, nem por ninguém.
Então, adeus. Ou, talvez, até logo. Quem sabe, em um outro tempo, um outro espaço, nos reencontremos em páginas melhores, onde a trama seja mais leve, o drama seja menor e todos possamos rir das pequenas desavenças que um dia pareceram tão grandes. Até lá, desejo a vocês o melhor que a vida pode oferecer – e um pouco mais de paciência para lidar com personagens como eu. Porque, no fim, todos nós somos apenas isso: personagens tentando escrever a melhor história possível.
Obrigada por tudo. Ou por nada. Depende do ponto de vista.