Como seria o seu filme de terror? (Cite um trecho)

Um trecho do meu seria assim:

Uma muié entra no carro, aí os vidros do carro começam à fechar sozinhos, uma música começa à tocar dentro do carro, ela tenta abrir a porta do carro e sair mas a porta está trancada e ela começa à gritar.

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Se eu pudesse fazer um filme de terror/sci-fi, seria com esse conto:

Num futuro pós-apocalíptico, um supercomputador senciente mantém prisioneiros os últimos seres humanos da Terra, impondo-lhes aflitivas torturas físicas e psicológicas. Essa é a premissa da qual parte Harlan Ellison para narrar sua história mais famosa, “I Have no Mouth and I Must Scream”, de 1967, que foi usada como inspiração para o roteiro do filme O Exterminador do Futuro e, mais recentemente, para o episódio USS Calister , da série Black Mirror (o qual contém uma referência mais do que óbvia para o conto).

A pele negra de Ellen perdia a cor. Nimdok não tinha expressão, só olhava. Gorrister estava semi-consciente. Benny era um animal. Eu sabia que AM o deixaria brincar. Gorrister não iria morrer, mas Benny ficaria de estômago cheio. Retirei-me a um canto e esculpi uma lança de gelo com as pedras caídas e com a neve.

Eles me venceram com facilidade. Que inferno. Mas eu estava pouco me lixando. A Ellen ficou agradecida. Ela aceitou “me receber” duas vezes fora da ordem. Mas até isso tinha deixado de importar. Ela nunca gozava, então por que eu deveria dar valor a isso? A máquina, porém, soltava risadinhas todas as vezes em que a gente transava. Bem alto, do teto, pelas costas, por todos os lados, debochando da gente. Aquela coisa rindo sem parar. Na maior parte das vezes eu pensava em AM como uma coisa, um objeto sem alma; mas no resto do tempo eu pensava nele como alguém , e alguém no masculino… algo paternal… patriarcal… um homem muito egoísta e ciumento. Ele . Deus como um Papai Degenerado.

AM alterou meu corpo para ele poder ficar tranquilo, eu suponho. Ele não quer que eu saia correndo em disparada e esmague meu crânio contra uma parede. Ou prenda a respiração até cair desacordado. Ou corte meu pescoço com uma chapa de metal enferrujada.

Existem superfícies espelhadas por aqui. Vou descrever como eu enxergo a mim mesmo.

Sou uma imensa massa molenga e gelatinosa. Roliça, bulbosa, sem boca, com buracos brancos palpitantes preenchidos de neblina onde meus olhos costumavam ficar. Apêndices borrachudos onde antes eram os braços; excrescências arredondadas, umas bolsas disformes de matéria flácida e escorregadia, mas nada de pernas de verdade, para baixo do que poderia ter sido a cintura. Como uma lesma, eu vou deixando uma trilha mucosa por onde passo. Manchas de um cinza maligno surgem e somem na minha epiderme, como se clarões doentios pulsassem no meu interior.

Por fora: imbecilizado, me arrasto pelos cantos, uma coisa que nunca poderia ser chamada de humana, uma bolha deformada tão distante dos contornos antropomorfos que qualquer vaga semelhança com o corpo de uma pessoa se torna, por isso mesmo, mais obscena.

Por dentro: solitário, sozinho. Vivendo debaixo da terra, debaixo do mar, nas entranhas de AM, esse computador a quem nós criamos porque nosso tempo estava sendo mal gasto, a quem decerto esperávamos, inconscientemente, que fosse melhor do que a gente. Pelo menos os outros quatro estão a salvo agora.

AM vai ficando cada vez mais furioso por causa disso. Isso me deixa um pouco mais feliz. Mas, mesmo assim… AM ganhou, simples assim… ele teve sua vingança…

Eu não tenho boca. E preciso gritar.

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Um astronauta chega num planeta desconhecido, tem nave destruída por uma tsunami, encontra uma barata de mais de 2 metros e corre.

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